O Perdigueiro Português é uma das 8 raças portuguesas reconhecidas pela Federação Cinológica Internacional. Sua origem se situa na Península Ibérica, em torno do século XIII, quando foi desenvolvido a partir do chamado Braco Peninsular, um ancestral comum a outros cães de apontar. No século XVI sua criação chegou a ser proibida sendo liberada apenas para membros da realeza e muito utilizado na caça com falcão.
Com as expansões marítimas, a partir do século XVIII, tornou-se conhecido em várias partes da Europa graças à expansão do comércio ligado ao vinho do Porto quando muitos exemplares foram enviados para Inglaterra, onde contribuíram para a formação do Pointer Inglês. Apesar de sua antiguidade, foi apenas em 1932 que foi elaborado o primeiro Padrão da raça, reconhecido, internacionalmente em 1938.
É um cão de porte médio (a altura varia de 48 a 60 cm na cernelha), corpo robusto e de estrutura sólida. Sua pelagem é curta e pelo denso e forte. As cores permitidas pelo padrão da raça são o amarelo nas três variedades clara, comum e escura. Devem ser unicolores ou com malhas brancas na fronte, pescoço, peito, membros e cauda. A cabeça tem um formato bem quadrado quando vista de frente e típica da raça com um stop é bem marcado, o que confere ao Perdigueiro uma expressão inteligente e bastante forte.
É um cão bastante compacto, com uma linha superior levemente descendente - mas que nada se parece com a linha do pointer inglês. A cauda atualmente permanece íntegra tem inserção na linha do dorso e é bastante grossa na base.
O Perdigueiro Português é um cão muito versátil. Além de ser um excelente cão de aponte e ainda muito usado na função de caça em seu país de origem, é um cão muito afetivo, meigo e excelente cão de companhia.
Por seu porte médio, é um cão muito gentil com crianças e também com outros animais. Sua constituição física robusta garante a ele muita resistência.
Extremamente meigo e afetuoso, rústico e capaz de uma grande resistência e de uma grande devoção. Calmo e bastante sociável. Curioso por natureza, trabalha com persistência e vivacidade. Muito inflamado com a caça, colabora sempre estreitamente com o caçador. Essa seria uma boa síntese do temperamento deste caçador.
Apesar de todas as suas qualidades, o Perdigueiro Português é ainda uma raça muitíssimo rara no Brasil. Encontramos registros esparsos de sua presença em diversas obras sendo uma das mais significativas a aquarela de Joaquim José de Miranda, da Coleção de Beatriz e Mário Pimenta Camargo, intitulada "Cena da Expedição (ao Brasil) do Coronel Afonso Botelho de Sampaio e Sousa - 1768-73"e que ilustra a página 2 do livro Cotidiano e Vida Privada na América Portuguesa (Ed. Companhia das Letras-Brasil). A aquarela mostram 5 cães com todas as características do Perdigueiro Português! Todos têm pêlo curto, dois são amarelos unicolores, um talvez branco ou amarelo muito claro, outro aparentemente branco malhado de castanho e outro unicolor preto, cores que como se sabe existiram sempre no perdigueiro português mas cujo registo em Livros de Origens foi restringido em 1962 ao amarelo e ao castanho.
Mas o mais importante neste cães com pelo menos 230 anos é que todos têm o mesmo tipo. A cabeça, quadrada, de eixos convergentes, chanfro curto e recto, com orelhas pendentes, triangulares e altas; o corpo e membros bem musculados, as mãos arredondadas, boas angulações de posteriores com um curvilhão não muito baixo.
Apaixonados pelas qualidades dos PPs, decidimos trazer, de Portugal, alguns exemplares e assim demos início ao Canil Vilar de Perdizes, que recebeu este nome em homenagem ao local onde residiu o Padre Domingos Barroso, entusiasta da raça e um dos principais responsáveis por evitar o seu desaparecimento há um século.
Muitos destes cães estiveram presentes em exposições de beleza no Brasil e a grande maioria deles foi compartilhado com amigos criadores de PSL! Nosso objetivo nunca foi o de ser ´um canil de PP´, mas sim de desfrutar da imensa alegria destes pequenos notáveis.
Pela ordem de chegada, vieram:
Pela ordem de chegada, vieram:
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